Nessa hora, perguntando como eles fariam se um time de cadeirantes chegasse junto no metrô, ele ao invés de me responder me contestou dizendo: O que você joga? Eu disse...hum, na verdade não jogo, sou tipo técnica... (de onde eu tirei o “tipo"?) Ele complementa: Do que? De Rúgby em cadeira de rodas! Moço vamos mudar o assunto, já estou quase na saída da estação..., até lá fomos nessa, ele me empurra eu converso as meninas riem e filmam.
O Blog
No começo eu só queria contar detalhes da minha vida em Toulouse para minha família e amigos curiosos. De repente comecei a ter necessidade de escrever, foi nascendo um diário de crônicas, foram surgindo seguidores, leitores, a vida foi tomando outro curso. Após 1 ano e quatro meses na França, idas e vindas para o Brasil estou diante de mais um ponto de bifurcação, voltando às minhas origens para dar continuação ao blog e a vida. Você está convidado a participar desses próximos capítulos e a se perder e se encontrar nessas novas estradas estrábicas.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2014
Não sou cadeirante, mas e se eu fosse?
Nessa hora, perguntando como eles fariam se um time de cadeirantes chegasse junto no metrô, ele ao invés de me responder me contestou dizendo: O que você joga? Eu disse...hum, na verdade não jogo, sou tipo técnica... (de onde eu tirei o “tipo"?) Ele complementa: Do que? De Rúgby em cadeira de rodas! Moço vamos mudar o assunto, já estou quase na saída da estação..., até lá fomos nessa, ele me empurra eu converso as meninas riem e filmam.
terça-feira, 30 de setembro de 2014
Reencontros e unhas feitas
Consegui. Consegui sentar, em
silêncio para escrever alguma coisa. Não sei o que exatamente. Pensei em falar
que decidi parar de fazer a unha no salão, porque não gosto muito do serviço
daqui, pago caro, gasto muito tempo lá, o neném tem que ir comigo ficar
sentindo cheiro de esmalte e produtos de alisar cabelo e ainda por cima logo em
seguida, antes mesmo de pagar, já borrei a meleca da unha. Em casa pelo menos
saio enfiando creme nas cutículas enquanto Zé Bolota brinca de chacoalhar os
ursinhos, em seguida vou empurrando, ele das minhas pernas e as pelinhas da
unha e quando ele acha o controle da TV, coloca inteiro na boca tirando da GNT
e trocando para Tv Senado, aí sim, eu consigo pintar as benditas. Limpar, no
caso, eu acabo deixando para outro momento. O do soninho dele, ou do meu banho,
que finjo ser mais longo só para não ficar com as unhas igual ao batom da vovó
Mafalda. Pronto, mamãe feliz, neném feliz, papai feliz, unhas xexelentas e
dinheiro no bolso.
Eu disse que a gente é só dele
quando chega em casa, mas tem um detalhe: só até a hora que ele dorme. Estamos
tentando arduamente fazê-lo dormir no mesmo horário, direto no bercinho e a
noite inteira, sem mamar na madrugada. Apesar de todas as leituras e frustações
tentando fazer essas coisas desde o nascimento do Francisco, agora chegamos a
um nível (gostaria de dizer que foi um nível de maturidade), mas, um nível de
stress e cansaço que está nos provando que por mais cansativo que seja ser duro
e se manter firme aos berros do bebê, mais cedo ou mais tarde ele vai aprender
quem sabe o que é melhor para ele, quem manda no pedaço. Quando isso começa
acontecer, começa por conseguinte a sobrar um tempinho para o vinhozinho
abandonado, o carinho no pé, o filme sem pausa, uma vida a dois, ainda que apenas
por duas horas. 
No início do texto disse não
saber exatamente sobre o que escrever, agora, linhas depois, aparentemente
escrevi sobre o bebê, mas no fundo sei que escrevi sobre como é tentar retomar
minha vida pessoal, tentar me reencontrar, buscar uma Mariana escondida na
maternidade, porque às vezes parece mesmo que quem a gente era antes não volta
mais, parece que aquele brilho no olho, no cabelo, na pele nunca mais nos
pertencerá. terça-feira, 15 de julho de 2014
Mãe de cinco meses
Curioso. Mas no segundo mês eu já estava dizendo “SIM quero
outros, mas não agora” of course! São tantas transformações na gente, neles,
nos maridos, no relacionamento, nas amizades, na conversa com a moça da
padaria, no bom dia pro porteiro, na empatia com a sogra e na compaixão com sua
mãe...até o bandido mais sujo e peçonhento já foi um recém-nascido indefeso,
gerado por uma mãe inexperiente e insegura como todas aquelas de primeira
viagem.terça-feira, 3 de junho de 2014
Doutorado dedicado e agradecido
Por enquanto me detenho a publicar apenas a dedicatória e os agradecimentos da minha tese, defendida finalmente na última sexta-feira. Obrigada a todos que torceram pra que esse dia chegasse e que eu saísse de lá satisfeita e aliviada!
quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
Amor à vida: A novela da gravidez do primeiro ao nono mês
Dois indivíduos salivando para serem pais se uniram e antes de pensarem em comprar uma casa, casar, namorar anos…eles decidiram ter um filho. Eles achavam que demoraria um pouco até seus espermatozoides e óvulos se entenderem para culminar num embrião e resulta que no segundo mês de tantativa, alvo acertado, nasce uma grávida. 
