O Blog
No começo eu só queria contar detalhes da minha vida em Toulouse para minha família e amigos curiosos. De repente comecei a ter necessidade de escrever, foi nascendo um diário de crônicas, foram surgindo seguidores, leitores, a vida foi tomando outro curso. Após 1 ano e quatro meses na França, idas e vindas para o Brasil estou diante de mais um ponto de bifurcação, voltando às minhas origens para dar continuação ao blog e a vida. Você está convidado a participar desses próximos capítulos e a se perder e se encontrar nessas novas estradas estrábicas.
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
Gente de seda, China de lona
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Palavras estrábicas, olhos que falam
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Reflexões de um faixa-preta
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Paris e a liberdade de Zenaide
Num súbito convite para subir ao norte da França em sua singular capital, Zenaide decidiu me acompanhar em mais aventuras franco-brasileiras. Cheguei sozinha, já espertinha com os trâmites franceses de transporte e afins, o problema notei ao me aproximar do hotel: escolhi o pior bairro para me hospedar em Paris (obviamente o preço foi o critério de seleção). Ainda há aqueles que digam que Paris é toda linda, por onde você passa se apaixona. Se eu estivesse indo pela primeira vez, terminaria o namoro com a cidade luz por ali mesmo. Mas você está em Paris, portanto releve esse bairro sujo, horrível e sem calçadas, passe por quarenta estações de metrô e desça na Champs Elysées, reclamona! Foi exatamente o que fiz e entre passos e espaços esperei Zenaide chegar.
Eu e Zenaide trabalhamos na mesma universidade no Brasil e agora ela estuda em Portugal. Lembro-me da primeira visita que nos fez depois de um ano no luso-doutorado, ela parecia "Tiêta do agreste" voltando para a terra natal, cheia de ouros, cabelos ao vento, casaco até o joelho e poder, muito poder. Sempre achei Zenaide poderosa. Um jeito único de olhar a vida, como se tivesse aprendido incontáveis lições a cada ano de suas primaveras, uma independência, uma alegria, uma loucura antagônica, ela pode ser livre, apaixonada, comprometida, calada, não importa, Zenaide contagia com a leveza de seus sorrisos e profundidade do seu olhar.
Me imaginem então, encontrando Tiêta, já há umas 6 horas sem conversar com alguém (uma eternidade para uma pessoa como eu), sobrou muito assunto e Paris, aqui entre nós, ganhou ainda mais brilho, ficou, segundo Zenaide, fabulosa! Até o bairro sem-vergonha deixou de chamar atenção ao receber a "Liberdade de Zenaide". E ela me consolou em todos os momentos difíceis, fosse na compra errada, no quebrar o que acabara de comprar, fosse ao perder um pedaço do dente cortando uma etiqueta, sempre ouvia Zenaide e o lado leve e positivo de ver os acontecimentos. E assim pode ser Paris, tudo que se vê nos filmes e ainda também, o que não se vê. Sigo enfatizando o valor das pessoas ao nosso lado, as cores mudam, nós também. Só lamento Zenaide ter partido antes e não me consolar no momento em que besuntei minha boca com um gloss (presente da minha "vaidosa" irmã) e acabei bebendo perfume. Hálito exalando flores e eu cuspindo pelas ruas parisienses.
terça-feira, 11 de outubro de 2011
Nove meses de almoço: a história da Maria
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Um Mestrado em agradecimento
Àqueles que enxergam além do que vêem os olhos e me ensinam a fazê-lo,
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Vodka balalaika no copo dos outros é refresco
Falando em pinga, lá em Londres só bebi tap water, sim, água da torneira, pronunciada com acento britânico e ao preço de zero pounds. Ô moedinha pra ser cara essa...E fui encarando a viagem como um momento de purificação, tanto pelo distanciamento do bar em que eu vivo, quanto pelo trabalho, que foi estar em companhia super agradável durante o seminário de chefes de missão dos próximos jogos paraolímpicos em 2012. Conhecemos as instalações e não nos surpreendemos com a pontualidade britânica nas entregas, afinal de contas eles são britânicos! Mesmo com a agenda corrida tive oportunidade de visitar o Instituto Nacional de Cegos e ajudar o Mizael (vice-presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro) a comprar uma bengala nova e um detector de cores, sim, ele diz qual a cor da roupa q vc está usando, sensacional! Entre todas invenções para facilitar a vida dos cegos, tinha inclusive um óculos que vibra quando se chega muito perto de alguma coisa, eu até procurei um desmaterializador (para facilitar a minha vida de vez em quando), mas me parece que ainda não está disponível na Inglaterra.
Por instantes me senti a pessoa mais chique da cidade, por ter meu nome na lista da imigração e ser buscada por uma BMW recém saída da fábrica e jantar ao moldes da corte real. Já em outros momentos me senti a mais caipira, quando parei na porta do carona da tal BMW e fiquei esperando o motorista abrí-la. Achei o sr. muito mal-educado por abrir a porta, entrar, fechar e me deixar pra fora. O que não notei de imediato foi o volante que também estava daquele lado. Disfarcei e entrei atrás mesmo.
E nessas aventuras que não foram franco-brasileiras, nem em Toulouse, quase derrubei o ceguinho na escada rolante e no auge da minha pró-atividade fiz uma turma de 8 pessoas se perder no metrô ao utilizar meu atualizado mapa "underground 2006".
Uma semaninha pra rever as amadas tias internacionais e me preparar psicologicamente para as doses de vodka balalaika (argh) que estavam por vir. E assim vou eu, entre um limão azedo, uma limonada e uma caipirinha, tentando permanecer limpa nas próximas horas.
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Os pedreiros e o mestre-de-obras
sábado, 16 de julho de 2011
Muito prazer, eu sou a filha do Chicão!
quarta-feira, 29 de junho de 2011
A rapoza e o príncipe
sábado, 11 de junho de 2011
O jardim dos porquês
sexta-feira, 20 de maio de 2011
Robin dos Bosques e as línguas portuguesas
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Fritando um ovo durante o casamento real
segunda-feira, 25 de abril de 2011
La cuisson de la viande
quarta-feira, 23 de março de 2011
A Bazuca que tocava MPB
Detalhe ao fundo: o tcheco estudando a extorsão
Mas nós estávamos em Praga, não podíamos fazer cara-feia! Pela noite então, fomos para o roubo número 2: escopeta na mão.
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