O Blog

No começo eu só queria contar detalhes da minha vida em Toulouse para minha família e amigos curiosos. De repente comecei a ter necessidade de escrever, foi nascendo um diário de crônicas, foram surgindo seguidores, leitores, a vida foi tomando outro curso. Após 1 ano e quatro meses na França, idas e vindas para o Brasil estou diante de mais um ponto de bifurcação, voltando às minhas origens para dar continuação ao blog e a vida. Você está convidado a participar desses próximos capítulos e a se perder e se encontrar nessas novas estradas estrábicas.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Fritando um ovo durante o casamento real

O post dessa semana deveria ser em francês para me forçar a treinar essa bendita língua. Afinal tenho reunião amanhã com meu "directeur de thèse" (adoro falar isso) e tem sido um pouco difícil me concentrar nos dados e na literatura francesa após a partida do meu chéri. Voltou para o Brasil no dia do casamento real e eu me vi de repente enchendo os olhos de lágrima enquanto o príncipe se casava, isso por causa da cebola que estava cortando. Foi realmente difícil assistir à boda sem companhia. Um evento desses suscita incontroláveis comentários que merecem ser divididos com um outro alguém. E assim passei o dia completamente sozinha na frente da tv, descobrindo todos os detalhes da cerimônia, como a cor da calcinha da Vitória Beckham, o preço das luzes do Elton John, a touca que o Ian Thorpe vestirá na próxima Olimpíada. Até o polvo primo da mãe Diná tentou prever o modelo do vestido da noiva. Pude dar um upgrade na minha ignorância real, descobri inclusive, via um amigo engenheiro, num papo cabeça á beira do rio, que a Kate não será princesa, e sim duquesa, confere Lucas?
Para abandonar a melancolia da partida, fui buscar mais coisas para fazer. Entre elas malhar de manhã e treinar jiu jitsu a noite, fiquei tão dolorida e machucada que este fim de semana quando fui, solitária comer um sanduíche, uma senhora me encarava provavelmente cogitando a hipótese de dar o cartão da delegacia da mulher de Toulouse. Sim, muitos hematomas, mas diversão também. Pra ajudar alguns dos meus amigos franceses só querem falar português e cantar funks dos mais proibidos na minha presença. Altas doses de risadas e eu emburrecendo francofonicamente.

4 comentários:

  1. Mary, d+ seu texto! O mais engraçado, e bizarro, é que durante a leitura, 2 gatos faziam (e ainda estão a fazer) fornicações das mais estridentes. Cada "miaaaauuuuu" era motivo pra 3 caras aqui na produtora, incluindo yo, rachar de rir. Love moment real, love moment animal.
    Escreva mais. Vou acompanhar.

    beijo!
    Tuli(nh)o

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  2. ah maryjaaaaaaaaaaaaaaane...
    sinto sua falta... e nem os textos tão dando jeito mais...
    mas consigo visualizar todas as suas postagens, e sorrio discretamente com as lembranças de tantas coisas...
    meu Deeeeeeeus né? a gente nunca acha que sente tanta falta... ainda mais sendo assim... relaxadinha como eu sou... hahahaha, amo vc.

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  3. Ah Mari....que saudade de vc!!!

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