O Blog

No começo eu só queria contar detalhes da minha vida em Toulouse para minha família e amigos curiosos. De repente comecei a ter necessidade de escrever, foi nascendo um diário de crônicas, foram surgindo seguidores, leitores, a vida foi tomando outro curso. Após 1 ano e quatro meses na França, idas e vindas para o Brasil estou diante de mais um ponto de bifurcação, voltando às minhas origens para dar continuação ao blog e a vida. Você está convidado a participar desses próximos capítulos e a se perder e se encontrar nessas novas estradas estrábicas.

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

O passinho "espanta mané"


Falta 1 ano para os Jogos Paralímpicos Rio 2016. 1 ano para fechar um ciclo trabalhando para os maiores eventos da minha área. Mais de 4 anos na mesma empresa, aprendendo mais a cada dia, fazendo novos amigos a cada semana.

Sexta-feira tivemos uma festa em comemoração a esta data, organizada por um time do Comitê que adora festa, adora animar os colegas, adora fazer a gente sorrir. Eles são bem diversos, de vários estados, vários países, várias cores, vários estilos e estão ali todo dia cultivando energia positiva no nosso ambiente de trabalho. Por isso considero essa festa um presente desse time para os amigos Rio 2016, um presente para mim.

Sabe aquela festa perfeita, com gente do bem, que só toca o que a gente gosta? Foi assim, regada de Spice girls e Backstreet boys na batida de um bloco de carnaval...quem tinha aí seus trintinha, principalmente do sexo feminino, se acabou.
Isso tudo me fez lembrar a época em que era solteira, e fazia com as amigas (leia-se cazamiga) o passinho "espanta mané". Eram as nossas dancinhas ridículas ao olhos alheios, cheias de piadas que só a gente entendia, gargalhava, suava e obviamente NÃO sensualizava. Se o broto visse aquilo e desistisse de permanecer com uma troca de olhares, Yes, espantamos o mané. Agora se ele se aproxima por isso e ainda se diverte, pronto, esse é pra casar.
Muitos achavam que a cerveja era item crucial para que esses passinhos saíssem bem, mas nós sabíamos que muitas vezes só bebíamos água (o que é pior, ser chamada de bêbada ou de louca?). Na primeira hora da noite já estávamos de cabelo preso, molhado de suor, rímel escorrendo em volta dos olhos, mas felizes, muito felizes. Sentar jamais e se por acaso o DJ não agradasse numa música, era hora de ir ao banheiro ou ficar por ali fofocando e dando um apoio moral para ele.


Eu achei que depois de casar, ser mãe, mulher de negócios, isso mudaria um pouco, não sei, pensei que dançaria assim...mais discreta, cara feia para o funk, braços contidos, cabelo impecável…Não rolou. As garrafinhas continuam sendo minhas guitarras, a dança indiana besta, meu passinho coringa e já nos primeiros trinta minutos, o bigodinho de suor me acompanha. Minhas amigas também não evoluíram e isso me tranquiliza. Fiz novas amigas assim também e nessa hora a gente se identifica como se fosse filha da mesma mãe ou tivesse o mesmo signo e ascendente.



 

Consciência em paz por saber que nunca enganei nenhum namorado, muito menos o marido.
Essa festa me trouxe de volta lembranças deliciosas e me fez entrar em contato com a minha essência…descabelada, intensa e livre.
Ainda não sei o que farei após os jogos e essa é uma pergunta diária dos outros e de mim mesma. Talvez volte às salas de aula, talvez me envolva com outros eventos, talvez fique desempregada…
Independente do meu destino pós-jogos os passinhos continuarão os mesmos, sei que Francisco pode se envergonhar da mamãe um dia, mas espero que no fundo ele valorize os momentos de suor, sal e sorrisos, ainda que pareçam meio idiotas e sem sentido para os outros.

5 comentários:

  1. Vem dançar comigooooooo!
    Que emoção. Mesmo.

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  2. Vem dançar comigooooooo!
    Que emoção. Mesmo.

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  3. É isso aí Princesa. O importante é se divertir sempre.

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  4. É isso aí Princesa. O importante é se divertir sempre.

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  5. É isso aí Princesa. O importante é se divertir sempre.

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