Todos esses pedaços que partiram, deixaram pedaços em quem vai sobrando, e como não podia deixar de ser, é nessas horas que eu mais escrevo no blog, é nessas horas que eu descubro algumas verdades...A primeira é que no plano de defuntos do meu pai só cabem 3 presuntos, isso quer dizer que não tem cova pra mais ninguém nos próximos 3 anos (sinal de trégua ou de literalmente não ter onde cair morta). Outro aprendizado é o de fazer tudo que se sente vontade na hora exata em que se sente isso (pensei em ligar pro meu vô na quinta, mas deixei pra falar mais tempo no fim de semana, ele faleceu na sexta)... Agora sóbria, queria registrar que vou tentar não ser extorquida pelos zumbis do cemitério, para não contribuir com a masturbação da tristeza alheia. A história da lápide é a maior balela, na placa do meu pai não cabe nem o nome dele inteiro, quanto mais "sex, love and rock'n roll" que seria perfeito para seu perfil. O que cabe mesmo dizer é que quem ficou, ainda que em pedaços, está vivo, isso é fato, senão também seria enterrado. Então, pelo amor de Deus, a gente tem mesmo é que rezar pela nossa saúde, porque quem está vivo e saudável pode fazer qualquer coisa, qualquer coisa, qualquer coisa, até pensar na frase de sua lápide.O Blog
No começo eu só queria contar detalhes da minha vida em Toulouse para minha família e amigos curiosos. De repente comecei a ter necessidade de escrever, foi nascendo um diário de crônicas, foram surgindo seguidores, leitores, a vida foi tomando outro curso. Após 1 ano e quatro meses na França, idas e vindas para o Brasil estou diante de mais um ponto de bifurcação, voltando às minhas origens para dar continuação ao blog e a vida. Você está convidado a participar desses próximos capítulos e a se perder e se encontrar nessas novas estradas estrábicas.
sábado, 13 de outubro de 2012
Sobre lápides, pedaços e funerais
Todos esses pedaços que partiram, deixaram pedaços em quem vai sobrando, e como não podia deixar de ser, é nessas horas que eu mais escrevo no blog, é nessas horas que eu descubro algumas verdades...A primeira é que no plano de defuntos do meu pai só cabem 3 presuntos, isso quer dizer que não tem cova pra mais ninguém nos próximos 3 anos (sinal de trégua ou de literalmente não ter onde cair morta). Outro aprendizado é o de fazer tudo que se sente vontade na hora exata em que se sente isso (pensei em ligar pro meu vô na quinta, mas deixei pra falar mais tempo no fim de semana, ele faleceu na sexta)... Agora sóbria, queria registrar que vou tentar não ser extorquida pelos zumbis do cemitério, para não contribuir com a masturbação da tristeza alheia. A história da lápide é a maior balela, na placa do meu pai não cabe nem o nome dele inteiro, quanto mais "sex, love and rock'n roll" que seria perfeito para seu perfil. O que cabe mesmo dizer é que quem ficou, ainda que em pedaços, está vivo, isso é fato, senão também seria enterrado. Então, pelo amor de Deus, a gente tem mesmo é que rezar pela nossa saúde, porque quem está vivo e saudável pode fazer qualquer coisa, qualquer coisa, qualquer coisa, até pensar na frase de sua lápide.segunda-feira, 16 de julho de 2012
A tosse carioca

sábado, 19 de maio de 2012
Bullying paterno e a chama Olímpica
E nessa nova estrada, nesse louvável e desejado recomeço, peço licença para voltar ao passado e relembrar algumas breves histórias, emergentes em função dos novos caminhos. 
Por mais que tenhamos dúvidas sobre qual a carreira seguir, qual o emprego dos sonhos ou "o que quero ser quando crescer", no fundo, sem clichês, quando o amor por alguma coisa habita a gente, ele desperta uma intuição, uma verdade interior, uma vontade latente, um poder que vai nos guiando, abrindo nosso caminho, enchendo nosso livro de histórias e experiências, que no mínimo valem a pena serem contadas.  Por isso, mesmo me chamando de Forrest Gump, essa é a minha maneira de mostrar esse meu amor pela vida, sejam suas estradas retas ou estrábicas. Tenho claro hoje, que sempre soube dessa minha verdade e vendo Atlanta, já adolescente, isso se confirmou. terça-feira, 27 de março de 2012
As tatuagens que Toulouse fez em mim
Fiz uma tatuagem! Sim, uma mudança ou um "adendo-adorno" pra sempre. Porém, antes de falar mais sobre esse evento, queria só expressar a minha aflição em relação aos outros eventos antecedentes e concorrentes a este. Nem me refiro ao bom caráter da empregada que contratei para cuidar das meninas, que deu o ar de sua graça duas vezes e embolsou o dinheiro do transporte, muito menos ao retardado maníaco-religioso que assassinou as crianças na escola de Toulouse (para esse eu não tenho nem palavras). quinta-feira, 1 de março de 2012
Santa fé, santa paciência!
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| Início do caminho de Santiago - Espanha/2008 | 
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| Exausta, até as vacas estavam mais dispostas | 
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| Peregrinos amados | 
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