O Blog

No começo eu só queria contar detalhes da minha vida em Toulouse para minha família e amigos curiosos. De repente comecei a ter necessidade de escrever, foi nascendo um diário de crônicas, foram surgindo seguidores, leitores, a vida foi tomando outro curso. Após 1 ano e quatro meses na França, idas e vindas para o Brasil estou diante de mais um ponto de bifurcação, voltando às minhas origens para dar continuação ao blog e a vida. Você está convidado a participar desses próximos capítulos e a se perder e se encontrar nessas novas estradas estrábicas.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Abraçai- vos uns aos outros e a mim também

Diante da aproximação do carnaval e minha ida ao cinema para assistir ao filme 127 horas, queria registrar aqui que passaremos o mais esperado feriado brasileiro (na minha singela opinião de foliã) em Toulouse, sem grande expectativas de escutar batuques ou trios elétricos, talvez a Edith Piaff cantarolando nos rádios do metro... Sendo assim, para aqueles que ainda não assistiram ao filme, vale a pena avisar a alguém onde estarão se descabelando no carnaval. Eu ainda não sei onde vou estar, mas de certo estarei incomunicável, pois mudei de casa e não tenho internet nem telefone e a universidade estará de férias. Vejam: férias obrigatórias, que coisa desagradável, vou ter que viajar!

Tive uma semana cheia de mudanças e transcrições dos dados (entrevistas em francês). Agora morando no centro tudo fica mais fácil (e caro também), mas parece valer a pena. Com quase dois meses de distância do Brasil comecei a reparar em como as pessoas se cumprimentam. Sempre com dois beijinhos que começam do lado contrário ao que estamos habituados, várias vezes deixo alguém no vácuo, acostumada com o econômico beijo que damos no estado de SP. Porém, apesar da economia, esbanjamos abraços no Brasil. Às vezes no primeiro encontro com alguém já abraçamos a pessoa, seja por amigos em comum, por uma afinidade qualquer, seja para se despedir. Nem acredito que isso seja uma banalização do abraço, mas provavelmente uma necessidade peculiar brasileira em sentir as pessoas de verdade. Me lembro quando morava na Espanha, o meu melhor amigo (espanhol) sempre dizia que quando eu me despedia das minhas saudosas amigas brasileiras, parecia que nunca mais nos veríamos...E essa cena se repetia cotidianamente. Enfim, abraçar os amigos é como comer um mousse de chocolate numa patisserie françesa, cura até depressão!


Dito isto, me peguei certo dia calculando há quanto tempo não abraçava alguém, que não fosse meu noivo amado...E isso me levou a todos os abraços que dei antes de deixar o Brasil. Ai... lembrar do aperto que meu pai me deu no último segundo que restava na fila de embarque e ver seus olhos brilhando e boca tremendo...que alegria poder ter sentido isso! Poderia ficar linhas e linhas desenhando cada abraço que dei, e isso realmente me faz  muito bem.

O cálculo final do abraço seria zero, se por um instante eu não me lembrasse quantos novos amigos eu tenho abraçado no Jiu Jitsu aqui!! Tudo bem, são abraços que possuem a finalidade de subjugar o oponente, mas são abraços!

3 comentários:

  1. Meu amor, sei muito bem o efeito de cura de um abraço. Aqui em NY nem beijinho no rosto eu tenho; aí quando o desespero bate por um abraço amigo, chamo meu colega de trabalho que é inglês e digo: preciso de uma abraço! Pois é, viver fora do Brasil tem seu preço. Sinta-se abraçada com todas as minhas forças. Te amo!

    ResponderExcluir
  2. AI MINHA NOSSA SENHORAAAAAAAAAAAA!!!!
    Um universo de abraços prá vc, MaryJane. Todos com a mesma grandeza, a mesma alegria, a mesma amizade e a mesma cumplicidade deste que tá fotografado. E de todos os de sempre.
    Tiamuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu... te escrevo na segunda, talvez, ou no domingo, amanhã tem churras da sala... chuta qtas pessoas? Pode apostar num bolão, depois te conto!
    Beijos

    ResponderExcluir
  3. Oi Querida, um abraço meu de MUITAS saudades pra vc!!!!!!! Aliás, pra você e pro NOIVO (adorei hehehe).
    Tão fazendo falta por aqui.... MUITA!
    Carnaval, como foi afinal????
    Nós passamos em Juquehy com a micro turminha gostosa!! (Quel, Cuca, Veio, Tati, Erik, eu e Serginho!) Foi uma delicia, apesar dos nossos limites alcoolicos não serem muito bons... hehehe mas.... Faixxxxx parrrrrte!
    Muitos bjinssss pro Loro e pra Preta!
    Ivana

    ResponderExcluir