Eu que não muito conhecia sobre a seda, além dos
vestidos das mocinhas das novelas e dos pijamas da Júlia Roberts. Tampouco
sobre lona, aquilo que cobre os caminhões, tem cor laranja e faz parecer que
todos levam a mesma carga.O Blog
No começo eu só queria contar detalhes da minha vida em Toulouse para minha família e amigos curiosos. De repente comecei a ter necessidade de escrever, foi nascendo um diário de crônicas, foram surgindo seguidores, leitores, a vida foi tomando outro curso. Após 1 ano e quatro meses na França, idas e vindas para o Brasil estou diante de mais um ponto de bifurcação, voltando às minhas origens para dar continuação ao blog e a vida. Você está convidado a participar desses próximos capítulos e a se perder e se encontrar nessas novas estradas estrábicas.
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
Gente de seda, China de lona
Eu que não muito conhecia sobre a seda, além dos
vestidos das mocinhas das novelas e dos pijamas da Júlia Roberts. Tampouco
sobre lona, aquilo que cobre os caminhões, tem cor laranja e faz parecer que
todos levam a mesma carga.terça-feira, 22 de novembro de 2011
Palavras estrábicas, olhos que falam
 Os meus olhos por exemplo,
costumam ser notados pelos outros. Não por sua cor, embora minha mãe pudesse
ter sido mais generosa e me transmitido os genes da cor azul, ao invés da
tendência à celulite. Também não é pelos cílios grandes e penteados que não
tenho, nem por serem olhos grandes e avassaladores ou número 43. Meus olhos são
pequenos, franzidos e...sim, tortos. Sou estrábica, mas muita gente (os inconvenientes)
me chama de vesga. Talvez você nunca tenha notado, mas isso é curiosamente
real. 
E horas depois estava eu em casa, frente ao bendito, maldito espelho com
uma caneta na mão, diante do rosto, seguindo-a de um lado para o outro, prestes
a enfiá-la em um dos meus olhos ou nos de quem me visse fazendo aquilo. quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Reflexões de um faixa-preta
Quem sou eu para questionar os caminhos da vida? Para pedir que ela vá mais devagar, acelere, vá sempre na mesma direção, faça uma curva ou não avance um sinal? Uma Zé ninguém mesmo! Às vezes naquela hora de deitar a cabeça no travesseiro eu peço, juro que peço, para não ter que tomar decisões precipitadas, para não deixar a tristeza me vencer, para sempre fazer o bem ou ao menos ter força para tentar. Mas na real, não sou eu quem programa o GPS da vida. Eu acho que na verdade, ela faz o que quer da gente, ora com uma folguinha para respirar, ora te estrangulando até você bater. E olha que eu sou daquelas que prefere dormir à bater nessa hora. Mas outro dia na academia, enquanto lutava com um faixa-marrom super invocado, ele pegou meu pescoço e eu fui enlouquecendo por dentro para sair, até que comecei a ficar roxa e nem as mãos encontrava para bater. Moral da história: bati com os pés, quase dormi no tatame e saí sem conseguir olhar pro lado de tanta dor. Me perguntei porque não bati logo que começou a doer? quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Paris e a liberdade de Zenaide
Num súbito convite para subir ao norte da França em sua singular capital, Zenaide decidiu me acompanhar em mais aventuras franco-brasileiras. Cheguei sozinha, já espertinha com os trâmites franceses de transporte e afins, o problema notei ao me aproximar do hotel: escolhi o pior bairro para me hospedar em Paris (obviamente o preço foi o critério de seleção). Ainda há aqueles que digam que Paris é toda linda, por onde você passa se apaixona. Se eu estivesse indo pela primeira vez, terminaria o namoro com a cidade luz por ali mesmo. Mas você está em Paris, portanto releve esse bairro sujo, horrível e sem calçadas, passe por quarenta estações de metrô e desça na Champs Elysées, reclamona! Foi exatamente o que fiz e entre passos e espaços esperei Zenaide chegar.
Eu e Zenaide trabalhamos na mesma universidade no Brasil e agora ela estuda em Portugal. Lembro-me da primeira visita que nos fez depois de um ano no luso-doutorado, ela parecia "Tiêta do agreste" voltando para a terra natal, cheia de ouros, cabelos ao vento, casaco até o joelho e poder, muito poder. Sempre achei Zenaide poderosa. Um jeito único de olhar a vida, como se tivesse aprendido incontáveis lições a cada ano de suas primaveras, uma independência, uma alegria, uma loucura antagônica, ela pode ser livre, apaixonada, comprometida, calada, não importa, Zenaide contagia com a leveza de seus sorrisos e profundidade do seu olhar.
Me imaginem então, encontrando Tiêta, já há umas 6 horas sem conversar com alguém (uma eternidade para uma pessoa como eu), sobrou muito assunto e Paris, aqui entre nós, ganhou ainda mais brilho, ficou, segundo Zenaide, fabulosa! Até o bairro sem-vergonha deixou de chamar atenção ao receber a "Liberdade de Zenaide". E ela me consolou em todos os momentos difíceis, fosse na compra errada, no quebrar o que acabara de comprar, fosse ao perder um pedaço do dente cortando uma etiqueta, sempre ouvia Zenaide e o lado leve e positivo de ver os acontecimentos. E assim pode ser Paris, tudo que se vê nos filmes e ainda também, o que não se vê. Sigo enfatizando o valor das pessoas ao nosso lado, as cores mudam, nós também. Só lamento Zenaide ter partido antes e não me consolar no momento em que besuntei minha boca com um gloss (presente da minha "vaidosa" irmã) e acabei bebendo perfume. Hálito exalando flores e eu cuspindo pelas ruas parisienses.
terça-feira, 11 de outubro de 2011
Nove meses de almoço: a história da Maria
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Um Mestrado em agradecimento

Àqueles que enxergam além do que vêem os olhos e me ensinam a fazê-lo,
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Vodka balalaika no copo dos outros é refresco
Por instantes me senti a pessoa mais chique da cidade, por ter meu nome na lista da imigração e ser buscada por uma BMW recém saída da fábrica e jantar ao moldes da corte real. Já em outros momentos me senti a mais caipira, quando parei na porta do carona da tal BMW e fiquei esperando o motorista abrí-la. Achei o sr. muito mal-educado por abrir a porta, entrar, fechar e me deixar pra fora. O que não notei de imediato foi o volante que também estava daquele lado. Disfarcei e entrei atrás mesmo.
E nessas aventuras que não foram franco-brasileiras, nem em Toulouse, quase derrubei o ceguinho na escada rolante e no auge da minha pró-atividade fiz uma turma de 8 pessoas se perder no metrô ao utilizar meu atualizado mapa "underground 2006".
Uma semaninha pra rever as amadas tias internacionais e me preparar psicologicamente para as doses de vodka balalaika (argh) que estavam por vir. E assim vou eu, entre um limão azedo, uma limonada e uma caipirinha, tentando permanecer limpa nas próximas horas.
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Os pedreiros e o mestre-de-obras
sábado, 16 de julho de 2011
Muito prazer, eu sou a filha do Chicão!

quarta-feira, 29 de junho de 2011
A rapoza e o príncipe
sábado, 11 de junho de 2011
O jardim dos porquês
sexta-feira, 20 de maio de 2011
Robin dos Bosques e as línguas portuguesas
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Fritando um ovo durante o casamento real
segunda-feira, 25 de abril de 2011
La cuisson de la viande
quarta-feira, 23 de março de 2011
A Bazuca que tocava MPB
| Detalhe ao fundo: o tcheco estudando a extorsão 
Mas nós estávamos em Praga, não podíamos fazer cara-feia! Pela noite então, fomos para o roubo número 2: escopeta na mão. 
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Planeta Leste
quinta-feira, 3 de março de 2011
Abraçai- vos uns aos outros e a mim também









